segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A essência da vida - os genes (Mega Post)

Quando começou o estudo do corpo humano e sua constituição básica, nomeadamente células e seu ADN, foi pensado que o ser humano teria milhares de genes e que por ser supostamente o ser mais complexo do seu planeta teria também a maior quantidade de genes alguma vez conhecida…
O Genoma é o conjunto de genes que estão presentes no nosso ADN. São estes genes que fazem de no aquilo que somos, ou seja, são eles que possuem as informações que todas juntas permitem a vida…
O primeiro investigador que se dedicou ao estudo da genética, mesmo sem saber muito ou quase nada sobre isso foi Mendel em 1856.
Mendel foi um monge Austríaco que descreveu as leis básicas da hereditariedade a partir de um estudo sobre sucessivas gerações de ervilhas verdes e amarelas. Concluiu que existiam elementos autónomos que controlavam as características hereditárias.
Apesar de todas as descobertas e do caminho que foi percorrido por ele na genética, a sociedade do seu tempo ignorou os seus feitos, só sendo estes valorizados muito mais tarde. De tal forma que Mendel é considerado o pai da genética…
Em 1881, Edwar Zacharias prova que os cromossomas contêm o ADN descoberto por Miescher
Apartir daqui os investigadores começam a aprofundar muito mais que antes, devido também ao desenvolvimento e revolução da tecnologia…
Richard Altmann baptiza a nucleína com o nome de ácido nucleico (1889).
Em 1910 Thomas Morgan descobre que os genes estão localizados nos cromossomas;
Herman J. Muller comprovou que os raios X podiam causar mutações e modificar o ADN em 1927;
Em 1929 Griffinth faz a 1ª. Experiência de transferência genética passando ácido nucleico de uma bactéria para outra, transmitindo-lhe assim as suas características.
Em 1953, James Watson e Francis Crick descobrem como é feita a molécula de ADN. Possui a forma de uma dupla hélice em espiral, com apenas quatro peças, o que se revelou uma molécula muito mais simples do que havia sido imaginado.
1958 - Comprova-se que ao replicar-se, a dupla hélice do ADN dissocia-se. Um ano depois, Severo Ochoa e Marianne Grunberg-Manago obtiveram RNA-polimerase in vitro. Começa então a investigação para decifrar o código genético, o que se podia fazer com a enzima descoberto por Ochoa. A equipa de Ochoa e a de Marshall Nirenberg conseguem, em 1966, decifrar o código genético, no qual o RNA mensageiro determina a produção de aminoácidos (estruturas que juntas formam as proteínas).
Em 1960, Paul Berg consegue clonar ADN.
Em 1970, os cientistas descobrem como cortar e pegar fragmentos de ADN, o que abre as portas para aos grandes avanços posteriores da engenharia genética. H. Gobind Khorana sintetizam pela primeira vez um gene de um aminoácido, constituído por 77 pares de bases, e isolam também pela primeira vez uma enzima de capaz de cortar troços de ADN em lugares específicos.
1973 - Nasce a engenharia genética quando Stanley Cohen e Herbert Boyer transferem um gene pela 1ª. Vez. Eles inserem um gene de sapo africano no X de uma bactéria.
Em 1980 é construída a primeira fábrica industrial para produzir insulina. Os cientistas começam a identificar os genes que causam enfermidades concretas e o cancro é um dos primeiros que se será investigado.
1984 Criado o 1º. Teste de identificação genética, a impressão digital…
1985 - Ralf Prinster cria o 1º. Porco transgénico.
Surgem as primeiras plantas transgénicas que produzem proteínas contra doenças humanas (1989).
Em 1990 realiza-se a 1ª terapia genética. O paciente foi uma menina de 4 anos com uma grave deficiência imunológica. A menina Ashanti Silva está viva e livre de parte da doença.
1993 - Jerry Hall clona um embrião humano;
Em 1995 é decifrado o primeiro genoma de um ser vivo, o da bactéria haemophilus influenzae , causadora da meningite e infecções no ouvido. Nasce a 1º. Ovelha transgénica (Tracy) que produz leite com proteínas humanas.
Em 1999 é decifrado o 1º cromossoma humano, o 22.
Em 2000, a 26 de Junho de 2000, o genoma humano é dado por decifrado nas suas partes essenciais. Esta enorme e importantíssima descoberta é anunciada simultaneamente na China, Japão, França, Alemanha, e Grã-Bretanha e EUA;
Uma das descobertas mais interessantes está no facto de se verificar que os seres humanos compartilham entre si 99,99% de seus genes. Daqui ode conclui-se que pode existir maior diferença entre duas pessoas da mesma raça do que a que há, por exemplo, entre um asiático e um negro.
Como dá para perceber, este foi um logo caminho a percorrer, e que só foi possível devido aos avanços na tecnologia.
Ainda á muitas porções de ADN que são consideradas “lixo” uma vez que ainda não lhe foi descoberta nenhuma função especifica.
Mas a realidade é que muitos cientistas pensam que estas porções de ADN, supostamente inúteis, trarão grandes informações no futuro de forma e não deixar apagar a chama da investigação na área da genética, uma chama que já arde desde que nos tornamos Homens, ao procurarmos a nossa existência e de onde viemos…
O genoma humano tem uma grande importância na sociedade, pois a partir deste é possível conhecer as causas da maioria das doenças. O seu conhecimento permite diagnosticar e curar muitas delas, assim prever os potenciais riscos das mesmas ocorrerem em determinadas pessoas.
O estudo do genoma humano foi inicialmente levado com muito empenho por parte dos cientistas que o realizaram como também pela comunidade cientifica e foi bem interpretado pela sociedade mundial. A concretização deste estudo pôs fim a muitas especulações ate lá criadas.
As principais conclusões resultantes da analise do genoma humano foram ao contrario do que muitos estimavam, como o ser humano ter 150.000mil genes ficou provado que era um numero demasiado grande e estimasse agora que tenha apenas 35.000genes, sendo este o primeiro genoma de vertebrado a ser sequenciado. Conclui – se que mais de 50% das sequencias genicas são repetidas, foram anotados um numero total de 31.778 genes e verificou-se que as taxas de modificações genéticas são maiores em homens do que em mulheres.
Este estudo levou a que fosse criado um melhor entendimento da genética e do ser humano a nível celular, cabe agora as futuras gerações continuar a investigação sobre os genes humanos para que se consiga entender as origens de certas doenças e compreender melhor o ser humano.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A transição da terra para os céus...Epidexipteryx hui

O que se pensava até bem á pouco tempo, Archaeopteryx, teria sido o elemento de ligação entre os animais terrestres e voadores, ou seja, primeiro dinossauro a possuir características hoje observáveis nas aves... Bem, a verdade é que a descoberta feita por um grupoo de chineses mostra que existe um dinossauro anterior á Archaeopteryx, designado Epidexipteryx hui, que possuía já características que hoje fazem parte das aves tais como as conhecemos! Esta descoberta vem reforçar a hipótese de que a transição aconteceu a partir dos terópodes, e afinal a transição de dinossauros para aves não foi tão rápida nem tão simples como se pensava. O Epidexipteryx hui foi um dinossauro que pelos fosseis encontrados, apenas viveu na China entre o jurássico médio e superior. Era um dinossauro do tamanho de uma pomba e pesava cerca de 160 gramas. Apesar de apresentar muitas parecenças com uma ave, pensa-se que este pequeno dinossauro não poderia voar, uma vez que apenas possuía penas no contorno das extremidades.
In Nature ( revista britânica)

Mais uma vez, nem tudo aquilo que temos como certo está correcto...
Ainda á muito por conhecer e muito por descobrir..., a grande maioria de aquilo que o homem sabe é aquilo que ele vê, aquilo que está á superficie terrestre... Mas mais uma vez aprendemos, que quanto mais fundo escavamos, ou quanto mais fundo vamos, mais descobrimos... A descoberta deste dinossauro veio mudar algumas teorias que apontavam como sendo a Archaeopteryx o primeiro dinossauro a possuir características adaptadas para dominar os céus. Esta foi sem duvida uma descoberta muito importante para a percepção de como tudo começou e do tempo que levou para aperfeiçoar! Afinal, é preciso conhecer o passado para estar preparado para o futuro...:)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Investigados novos métodos para arrefecer cérebro após ataque cardíaco



O arrefecimento do corpo após um ataque cardíaco pode limitar os danos ao cérebro, concluíram especialistas de diversas instituições médicas internacionais, que agora investigam novas técnicas para reduzir a temperatura desse órgão sem afectar o resto do organismo.

Bridget Harris, estudante de Medicina da Universidade de Edimburgo, Irlanda, criou uma espécie de 'capacete refrigerador' (consiste em duas camadas de «nylon» que se ajustam à cabeça, uma sobre a outra, e a mais próxima à pele tem pequenas perfurações) através do qual pode ser induzida uma ligeira hipotermia no cérebro. O 'capacete' aproveita a densa rede de vasos sanguíneos no couro cabeludo que transportam o sangue ao cérebro. O ar frio passa entre as camadas e as perfurações permitem que o ar penetre na pele em intervalos regulares, levando ao arrefecimento dos vasos sanguíneos.

Bridget Harris, estudante de Medicina da Universidade de Edimburgo, Irlanda, criou uma espécie de 'capacete refrigerador' (consiste em duas camadas de «nylon» que se ajustam à cabeça, uma sobre a outra, e a mais próxima à pele tem pequenas perfurações) através do qual pode ser induzida uma ligeira hipotermia no cérebro. O 'capacete' aproveita a densa rede de vasos sanguíneos no couro cabeludo que transportam o sangue ao cérebro. O ar frio passa entre as camadas e as perfurações permitem que o ar penetre na pele em intervalos regulares, levando ao arrefecimento dos vasos sanguíneos.A aplicação desta técnica em voluntários permitiu, em uma hora, arrefecer o cérebro em um grau centígrado, feito que, mais ou menos, é alcançado com os métodos tradicionais de refrigeração do corpo inteiro.
Este tem como objectivo conseguir uma mudança mais rápida na temperatura do cérebro, outros investigadores encontram-se a desenvolver diferentes técnicas, como o arrefecimento da cavidade nasal, para arrefecer o sangue antes que este chegue ao cérebro.
Fonte: www.cienciahoje.pt